
No dia 14 de março comemora-se o Dia Mundial do Sono, assinalado anualmente na sexta-feira anterior ao equinócio da Primavera. Esta data pretende chamar a atenção da sociedade para a importância do sono. O lema deste ano, proposto pela World Sleep Society é “Dormir bem, envelhecer melhor”.
De acordo com Organização Mundial da Saúde, 40% da população não dorme bem e segundo a Associação Portuguesa do Sono, no nosso país, as pessoas dormem em média menos de seis horas diárias, o que pode acarretar efeitos negativos na vida profissional e social.
O sono é fundamental para o equilíbrio do organismo, enquanto dormimos, ocorrem múltiplas funções de regeneração e recuperação do nosso organismo que influenciam a disposição e capacidade cognitiva.
Dormir pouco ou dormir mal pode prejudicar o desempenho profissional, uma vez este influencia a atenção, perceção, memória, criatividade, tomada de decisão, resolução de problemas e tolerância à frustração, competências fundamentais para o sucesso profissional.
Quais as consequências de dormir mal?
Dormir mal pode afetar várias áreas. A privação de sono prejudica a aprendizagem, a concentração e a memória, aumentando o risco de erros. Interfere igualmente no equilíbrio emocional, dificultando a regulação das emoções e tornando as decisões mais impulsivas. O humor é também afetado, levando à irritabilidade e maior risco de ansiedade e depressão. Além disso, o sono insuficiente aumenta o apetite por alimentos pouco saudáveis, favorecendo o aumento de peso e doenças metabólicas. A saúde cardiovascular e o sistema imunológico também sofrem, elevando o risco de hipertensão e infeções. Distúrbios como a apneia do sono, muitas vezes associada à obesidade, causam sonolência diurna, comprometendo o desempenho profissional, especialmente em funções de risco.
Roncopatia e apneia do sono
As perturbações do sono podem assumir múltiplas características, mas a roncopatia e apneia do sono, que se caracterizam pelo ressonar enquanto se dorme com ocorrência de paragens dos ciclos respiratórios interrompidos por um ronco particularmente violento quando os níveis de oxigénio circulante atingem valores muito baixos, são particularmente preocupantes pelos problemas de saúde e segurança que muitas vezes originam. Está muitas vezes associada a obesidade ou problemas do foro ORL e pode e deve ser tratada.
Quem sofre deste problema apresenta quase sempre sonolência diurna mais ou menos acentuada que pode comprometer a sua aptidão profissional de funções como motorista, trabalho com máquinas perigosas, ou outras e interfere inevitavelmente com o desempenho profissional de qualquer actividade.
Dicas para aumentar a produtividade
Muitas vezes o excesso de tarefas no trabalho leva a que se retirem horas de sono para as poder concluir. De forma a reduzir o stress, estabeleça prioridades, organize o seu trabalho e estabeleça prazos realistas para conclusão do mesmo. Caso tal não seja possível, informe o seu superior que esta sobrecarga está a prejudicar as suas horas de repouso, para que possam em conjunto tentar arranjar uma solução. É muito importante que não leve os problemas do trabalho para casa.
Evite situações de conflito para que o stress por elas causado não prejudique as suas horas de sono e tente fazer pequenas pausas, durante o dia, para tentar relaxar.
Melhore a higiene do sono criando uma rotina antes de dormir. Evite a cafeína após as 14h00, não beba álcool nem fume à noite e retire a toda a tecnologia do quarto.
Evite utilização de ecrãs nas horas antes de dormir – a luz azul compromete o sono. Se trabalha com regime de prevenção podendo ser acordado durante a noite, com horas extraordinárias frequentes ou em regime de trabalho por turnos, sobretudo com trabalho noturno, a manutenção de sono de qualidade é ainda mais difícil. A vigilância de saúde nestes casos reveste-se de particular importância dado que este regime pode estar associado a problemas nomeadamente hipertensão, aumento do peso, risco de diabetes e outras disrupções endócrinas.
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